quarta-feira, 31 de outubro de 2007

nem parece que eu chorei

hoje eu escutei mombojó. e não é difícil não me lembrar do show deles em fortaleza, no começo desse ano. chuva, chuva, chuva. depois do banho, da calça suja de lama até o meio da perna, bebo uma cerveja quente. sento no banco de cimento. olho. espero. vislumbro. converso. espero. bebo. ofereço. beijo. abraço. choro. mesmo que escondida.

eu quero um samba pra me aquecer. seu sorriso é um paraíso. vou mostrar que sou alguém melhor. tudo vermelho de novo. nem parece que foi ontem que o acontecido aconteceu. e você sempre se esquece que um dia vai morrer.

e morreu.

obrigada, mombojó

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

hey Lloyd, i'm ready to be heartbroken

http://www.youtube.com/watch?v=XTa_RQC8ZxA

desabafo

até hoje não consigo ver graça na Björk. a primeira vez que ouvi alguma música dela foi na festa de aniversário de uma amiga em 1998, ou seja, eu ainda era uma piveta metida a grunge que achava Kurt Cobain o homem do século. entretanto, junto com Björk, eu e minhas amigas passamos o aniversário todo ouvindo os cabeças de rádio. me encantei logo de cara, o que não aconteceu com a Björk. anos depois, já na faculdade, tentei escutá-la novamente para me enquadrar no perfil indie que tanto gostava. DETESTEI.

PRONTO, FALEI. PODEM ME BATER AGORA...

indie por indie, fico com minha amiga Cat Power. Essa sim é musa. Corpo esguio, cabelos compridos, franjinhas e uma cara de quem acabou de acordar depois de uma noitada regada a cocaina. LINDA LINDA LINDA. O que mais encanta, porém, é a sua voz, meio arrastada, meio preguiçosa, mas ao mesmo tempo forte e imponente. músicas lindíssimas.

a picture from the past came slowly stealin'
as I brushed your arm and walked so close to you
then suddenly I got that old-time feelin'
i can't help it
...

choro, choro, choro, choro. ela, sim, me entende.

domingo, 28 de outubro de 2007

seeing other people

you're kissing your elbow
you're kissing your reflection

....

é muito bom não ter lembranças ruins ao ouvir belle & sebastian

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Você nunca me conheceu verdadeiramente, por mais que na época eu achasse que sim. E provavelmente você nunca vai me conhecer. Isso é privilégio de poucos. Não que eu seja uma pessoa difícil...

Eu amei. Amei muito, mas da minha maneira. Não acredito que isso tenha sido uma coisa ruim. Você era a minha certeza, mesmo que por alguns momentos eu tivesse duvidado minimamente disso. Sempre soube que você estaria perto. Porque, para mim, o mais importante era a sensação de companheirismo, cumplicidade. Sabia o que você estava pensando só em te olhar. A sintonia era tanta que eu te entendia no silêncio. Descobri muita coisa de ti antes mesmo de você confessar (lembrar disso dói).

Se antes eu lamentava profundamente pela sua indiferença e falta de consideração, hoje eu choro pela sua equivocada opinião ao meu respeito. Tudo se mistura agora. Poderia te agradecer por você ter saído da minha vida, pois a certeza de que você realmente não vale uma lágrima minha é mais clara do que nunca. Ou poderia te dizer que você distorceu tudo, mas que isso não vai fazer diferença alguma.

Porém, se fosse para te dizer qualquer coisa agora, diria apenas que, apesar de tudo, tudo mesmo, você faz falta. Não uma falta amorosa ou carnal. Tenho saudade de ti, da nossa amizade boboca, das tardes de cachorro quente, das cervejas, das conversas mazelas, dos xingamentos gratuitos.

Vou fazer alguma coisa em relação a isso? Claro que não. Talvez nem queira. Tudo está redondinho, o espaço que você deixou foi preenchido de uma maneira avassaladora. Mas desabafar é sempre bom. E prometo que esse será o último.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

pior seria se pior fosse

sábia verdade que me guia nos dias de hoje