quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Você nunca me conheceu verdadeiramente, por mais que na época eu achasse que sim. E provavelmente você nunca vai me conhecer. Isso é privilégio de poucos. Não que eu seja uma pessoa difícil...

Eu amei. Amei muito, mas da minha maneira. Não acredito que isso tenha sido uma coisa ruim. Você era a minha certeza, mesmo que por alguns momentos eu tivesse duvidado minimamente disso. Sempre soube que você estaria perto. Porque, para mim, o mais importante era a sensação de companheirismo, cumplicidade. Sabia o que você estava pensando só em te olhar. A sintonia era tanta que eu te entendia no silêncio. Descobri muita coisa de ti antes mesmo de você confessar (lembrar disso dói).

Se antes eu lamentava profundamente pela sua indiferença e falta de consideração, hoje eu choro pela sua equivocada opinião ao meu respeito. Tudo se mistura agora. Poderia te agradecer por você ter saído da minha vida, pois a certeza de que você realmente não vale uma lágrima minha é mais clara do que nunca. Ou poderia te dizer que você distorceu tudo, mas que isso não vai fazer diferença alguma.

Porém, se fosse para te dizer qualquer coisa agora, diria apenas que, apesar de tudo, tudo mesmo, você faz falta. Não uma falta amorosa ou carnal. Tenho saudade de ti, da nossa amizade boboca, das tardes de cachorro quente, das cervejas, das conversas mazelas, dos xingamentos gratuitos.

Vou fazer alguma coisa em relação a isso? Claro que não. Talvez nem queira. Tudo está redondinho, o espaço que você deixou foi preenchido de uma maneira avassaladora. Mas desabafar é sempre bom. E prometo que esse será o último.

2 comentários:

bel. disse...

se o bonito é te conhecer! sei não, viu. povo troncho esse que aparece de quando em vez.

Felipe Pinheiro disse...

nossa.