deixa que eu te ame em silêncio
não pergunte, não se explique, deixe
que nossas línguas se toquem, e as bocas
e a pele
falem seus líquidos desejos.
deixa que eu te ame sem palavras
a não ser aquelas que na lembrança ficarão
pulsando para sempre
como se amor e vida
fossem um discurso
de impronunciáveis emoções
[obrigada, affonso romano de sant'anna]
domingo, 18 de novembro de 2007
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
as primeiras palavras dessa manhã
eu: tchau, mãe, vou trabalhar.
mãe: e que horas são?
eu: 7 horas.
mãe: tadinha...
eu: é foda, mãe. são sete horas e já tô de pé. só vou chegar agora em casa sete da noite. e eu só sou uma menina.
mãe: Nem é.
eu: então tá...
mãe: bebel?
eu: oi.
mãe: ajeita os cachinhos.
[então tá]
mãe: e que horas são?
eu: 7 horas.
mãe: tadinha...
eu: é foda, mãe. são sete horas e já tô de pé. só vou chegar agora em casa sete da noite. e eu só sou uma menina.
mãe: Nem é.
eu: então tá...
mãe: bebel?
eu: oi.
mãe: ajeita os cachinhos.
[então tá]
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
lá está ele, olhando para mim. é aquele olhar de cansaço que eu acho tão bonito. ninguém fala nada, absolutamente nada. só observa. está escuro. na TV, qualquer coisa irrelevante e mal dublada. eu me viro e, imediatamente, ele também. o movimento é engraçado. fico calada. acho graça apenas em pensamento. estou em paz.
agora é minha vez, digo para mim mesma. tem tanta coisa que eu quero dizer, que eu preciso dizer. mas nada sai. apenas lágrimas, contidas e envergonhadas. o silêncio, que outrora era bom, agora me sufoca. nos sufoca. e vamos embora. junto com a gente, a sensação ruim de ver um dia bom se transformar naquilo que queremos apagar da nossa memória.
penso demais.
só pode ser isso o motivo do meu caos particular. pode ser também porque não sei falar. não sei mesmo. eu até tento, e às vezes consigo. queria gritar, explicar e poder dizer o quanto tudo é muito bom, o quanto tudo é muito importante, que apesar de certas coisas eu tenho paz. não foi dessa vez.
só espero que ele saiba disso. ou melhor: só espero que ele sinta isso.
agora é minha vez, digo para mim mesma. tem tanta coisa que eu quero dizer, que eu preciso dizer. mas nada sai. apenas lágrimas, contidas e envergonhadas. o silêncio, que outrora era bom, agora me sufoca. nos sufoca. e vamos embora. junto com a gente, a sensação ruim de ver um dia bom se transformar naquilo que queremos apagar da nossa memória.
penso demais.
só pode ser isso o motivo do meu caos particular. pode ser também porque não sei falar. não sei mesmo. eu até tento, e às vezes consigo. queria gritar, explicar e poder dizer o quanto tudo é muito bom, o quanto tudo é muito importante, que apesar de certas coisas eu tenho paz. não foi dessa vez.
só espero que ele saiba disso. ou melhor: só espero que ele sinta isso.
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